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Segurança em Ativos

Por Christophe Paillet*

 

 

Há 30 anos trabalho com síntese de moléculas sempre enfrentando desafios nos desenvolvimentos de novas tecnologias. Quando iniciei na profissão aprendi que a palavra impossível não existe em química. São tantas as reações e formas para chegarmos ao resultado… Talvez encontrar a rota correta seja difícil, mas se ela existe então podemos chegar a uma molécula inovadora. Contudo, a química orgânica sozinha não faz um ativo. Então, como comprovar os seus benefícios e as suas interações com o organismo? Desenvolver um ativo novo exige muitas etapas, mas a primeira que deve ser respeitada é a segurança de uso. A molécula não pode gerar produtos subtóxicos ou inativados quando metabolizados ou degradados e nem se acumular ao longo do tempo. A filosofia de trabalhar com ativos de alta performance é uma escolha que não segue modismos e sim um conhecimento profundo da biologia celular do envelhecimento e as suas vias bioquímicas, pois tudo o que é desenvolvido precisa respeitar ou mimetizar um metabólito natural sendo reconhecido nas reações bioquímicas celulares.

Com os princípios de pesquisa e desenvolvimento estabelecidos sempre buscamos sintetizar moléculas que tenham uma importância natural no corpo, assim, podemos ativar e potencializar rotas metabólicas e bioquímicas, desacelerando o processo do envelhecimento e ganho de peso, isto é, restabelecer a homeostasia que se perde naturalmente ao longo dos anos. Também observamos a natureza para obter ativos, pois várias atividades terapêuticas das plantas, algas e outros têm um composto fitoquímico definido, o que torna possível a sua síntese molecular ou uma extração ecorresponsável, pois a sustentabilidade é um quesito muito importante na atualidade. Uma grande vantagem da síntese molecular é que mantemos os parâmetros e temos a reprodutibilidade dos ativos.

Além da segurança, um ponto fundamental para uma ação efetiva dentro do compartimento ou célula desejada, é a biodisponibilidade ou permeação do ativo até o local ou que induza à liberação de sinalizadores que, por meio da comunicação celular, inicie a ativação da rota bioquímica desejada.

Para chegarmos a uma nova molécula são, no mínimo, 7 anos entre pesquisa, desenvolvimento e testes in vitro, ex vivo e in vivo.

Aqui, segue um panorama das etapas do desenvolvimento de novos ativos:

  1. Pesquisa em artigos científicos correlacionando rotas bioquímicas e benefícios clínicos;
  2. Estudo in silico da nova estrutura química;
  3. Verificação de formação de metabólitos e subprodutos;
  4. Estabilização ou ajustes da estrutura molecular para melhorar a biodisponibilidade;
  5. Estudos de biodisponibilidade e permeação;
  6. Testes in vitro em células específicas;
  7. Testes 2D e 3D em células reproduzindo os compartimentos do tecido estudado;
  8. Testes em explantes ex-vivos;
  9. Testes in vivo.

Quando todos os parâmetros são testados a molécula pode ser lançada ao mercado.

Com certeza a nossa maior expertise é a tecnologia do silanol (silício orgânico hidrossolúvel). Há mais de 40 anos pesquisamos e estudamos a sua aplicação nas mais diversas áreas. Iniciamos com o uso em colírio, seguido de aplicações injetáveis para tratamentos de osteoporose, osteopenia e arterites. No passar dos anos todo este rigor farmacêutico foi passado para o desenvolvimento de ativos dermocosméticos como os produtos já consagrados no mercado como o Algisium C®, Hydroxyprolisilane CN® e Hyaxel®, entre outros. O mesmo rigor se aplica aos nutracêuticos Exsynutriment®, Osteosil®, Glycoxil®, Bio-Arct® e Modulip GC® para que os benefícios sejam reais e seguros durante o uso dos ativos trazendo ao médico uma prescrição segura e efetiva.

*Christophe Paillet é diretor de Comunicação e Relações com os Clientes da Exsymol (Mônaco) e coordenador mundial de equipe de suporte técnico da companhia.